quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Doce Pimenta: o verdadeiro conceito gourmet

Em Aveiro há uma loja gourmet onde pode adquirir produtos raros, genuínos, de qualidade e, curiosamente, não paga muito mais do habitual .
Desde 2006 que existe em Aveiro uma loja gourmet, bem no coração da cidade (rua José Estêvão). Dá pelo nome de Doce Pimenta e não tem parado de “apimentar” a mesa dos aveirenses e dos muitos turistas que por lá passam. Margarida Paulo é gerente deste espaço desde Fevereiro passado e é peremptória ao afirmar a exclusividade da sua loja.
“Somos um mercado gourmet porque apostamos numa grande variedade de produtos, todos de altíssima qualidade, muitos deles estrangeiros, raros nas prateleiras de supermercado. É um conceito muito especial, onde o atendimento segue a tradição das antigas mercearias: temos um pouco de tudo, acompanhamos o cliente desde o primeiro minuto e tentamos sempre servi-lo, mesmo que não haja o produto na loja”, disse, apontando para as prateleiras da Doce Pimenta, criteriosamente arrumadas e limpas.

“São as massas, os azeites, os rizottos, os chás, os chocolates, vinhos, especiarias, bolachas, compotas, sal, patês e muito mais”, diz… com dificuldade em estabelecer prioridades.
Apesar deste tipo de lojas serem comuns em Lisboa e no Porto, em Aveiro não é assim. Verdadeiramente gourmet, só mesmo a Doce Pimenta. Mas esta exclusividade não é vista por Margarida Paulo com bons olhos. “É pena sermos só nós. Assim é mais difícil vingar o conceito gourmet em Aveiro. Ainda falta implementar a cultura gourmet, isto é, as pessoas virem à loja porque gostam dos produtos, reconhecem a sua especificidade e integram-no na lista de compras de casa”, comentou, reconhecendo já saber da vinda para Aveiro da Loja Gourmet do El Corte Inglês. “Será muito bom, vem ajudar a criar clientela para estes produtos”, afirmou, sem receio da concorrência.

Os mais vendidos
Não são só as livrarias que elegem best-sellers. Também a Doce Pimenta os tem e a “classificação” máxima vai para as massas, chocolates, azeites, compotas e chás. “Temos clientes que vêm cá comprar especificamente um tipo de artigo. Depois de experimentar percebem a diferença”, explicava, ao mesmo tempo que pegava num pacote de massa, “são únicas. O sabor é inigualável, a textura suave e de qualidade”, apontando para massas com sabor a chocolate, morango, limão ou pimenta, todas artesanais e com adição de vegetais.

Quanto a preços, há “produtos para todas as bolsas dentro das diferentes gamas”. O azeite vai dos 5 aos 9 euros, há pacotes de chá desde 1.30 até aos 20 euros, os pacotes de massa oscilam entre os 4 e os 10 euros, há patês de peixe nacionais a partir de 1.50… “Posso dizer que a peça mais cara que tenho na loja é uma aguardente reserva que ronda os 50 euros”, chamando a atenção para algumas curiosidades que surpreendem sempre: as famosas gnochis (batatas que se cozem em água e salteiam com alhos e ervas), cogumelos ou tomates desidratados, que depois de demolhados retomam a forma inicial e podem ser cozinhados como se fossem frescos, ou ainda o vinagre em spray, as brochetas (massa de pimentos pronta a cozinhar), os copos de chocolate para servir com moscatel, chocolate com mirtilos ou banana… Um sem número de “aventuras” gastronómicas.
Texto de Sandra Simões
in Diário de Aveiro, edição de 28 de Julho de 2008

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